segunda-feira, 26 de março de 2012

Fiat



Meditar sobre a solenidade de hoje é meditar sobre a beleza do amor de Deus.
A beleza desse amor supera qualquer inteligência humana. “O amor de Deus nos constrange”, dizia o apóstolo.
Amor tão sublime, que desejou se tornar um de nós para que, assim, pudéssemos ser novas criaturas. Sim! Na Anunciação do anjo à Maria uma nova criação teve início. Foi ali que tudo começou. Ali, o Senhor, em sua infinita providência, começava a “fazer novas todas as coisas”.
O amor de Deus providenciou a criatura mais bela, mais pura, mais humilde para gerar em seu ventre imaculado o Deus Eterno e Onipotente. Maria, a Nova Eva, a Mulher obediente, Mãe da humanidade redimida pelo sacrifício de seu Divino Filho.
Jesus, novo Adão. Como diria o salmista, “o mais belo dos filhos dos homens”. Um Deus Onipotente que se faz criança, dependendo dos cuidados humanos. Um Deus Sapientíssimo que se faz aprendiz. Um Deus soberano que se faz em tudo obediente a Maria e a José. Um Deus que chora, que sofre, que não se apega a sua condição divina, mas esvazia-se de si, assumindo a posição de servo.
Servo que nos ama até o fim, pagando o preço de nossas faltas no madeiro da cruz.
Eis a nova criação! Em Jesus e Maria somos recriados. As dores que assumem na Paixão são dores de parto.
E que grande mistério é a Encarnação do Filho de Deus, onde o Salvador da humanidade foi concebido! Que grandiosa beleza é crer que o Verbo se fez carne e habitou entre nós.
E como, nesse dia solene, não sentirmos uma terna gratidão à Mãe de Deus? Por meio de sua entrega total ao projeto divino, a humanidade inteira foi redimida. O seu “Fiat” possui ecos eternos.
Salve Maria, mãe do Salvador! Ensina-nos a dizer “sim” aos desígnios do Céu!

”De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito.” (Rm 8,1-4)

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